A Nasa divulgou que o asteroide 2024 YR4 possui 3,1% de chance de colidir com a Terra em 2032, destacando-se como o asteroide mais ameaçador já registrado.
Um asteroide capaz de destruir uma cidade agora tem 3,1% de chance de colidir com a Terra em 2032, de acordo com dados da Nasa divulgados na terça-feira (18), sendo o mais ameaçador já registrado pelas previsões modernas.

Ainda que as probabilidades estejam aumentando, especialistas afirmam que não há motivos para pânico.
A comunidade astronômica global está monitorando de perto a situação e o Telescópio Espacial James Webb está programado para focar no objeto, conhecido como 2024 YR4, em março.

O 2024 YR4 foi detectado pela primeira vez em 27 de dezembro de 2024, pelo Observatório El Sauce no Chile.
Astrônomos estimam seu tamanho entre 40m e 90m de diâmetro, baseado em seu brilho. Análises das assinaturas de luz sugerem uma composição relativamente comum, ao invés de ser um asteroide raro rico em metais.
A Rede Internacional de Alerta de Asteroides (IAWN), uma colaboração mundial de defesa planetária, emitiu um memorando de alerta no dia 29 de janeiro, após a probabilidade de impacto ter ultrapassado 1%. Desde então, a cifra tem flutuado, mas continua a subir.

Os cálculos mais recentes da Nasa estimam a probabilidade de impacto em 3,1%, com uma data potencial de impacto em 22 de dezembro de 2032.
A última vez que um asteroide maior que 30m apresentou risco significativo foi o Apophis em 2004, quando teve brevemente 2,7% de chance de colidir com a Terra em 2029 – possibilidade posteriormente descartada por observações adicionais.
Se entrar na atmosfera da Terra, o cenário mais provável é uma explosão aérea, significando uma explosão no ar com uma força de aproximadamente oito megatons de TNT – mais de 500 vezes o poder da bomba de Hiroshima.
A boa notícia, enfatizam os especialistas, é que há tempo de sobra para se preparar.
Se necessário, espaçonaves poderiam ser enviadas para desviar o asteroide – tecnologia que foi demonstrada com sucesso na missão DART da Nasa em 2022, que alterou a trajetória de um asteroide não ameaçador.